quarta-feira, dezembro 03, 2008

Sai o Coleciona 4


O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Para nós, a oportunidade de criar e compartilhar o COLECIONA é o retrato de uma grande realização para toda a equipe.


A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanharam em nossa caminhada por todo ano de 2008. Boas Festas.

É com grande prazer que enviamos o COLECIONA vol. 4 – Fichário d@ Educador Ambiental.


Como acessar o Volume 4 – Ano 1 – Dezembro / 2008:

Acessar: www.mma.gov.br/ea

Clicar do lado direito do monitor a seguinte chamada: Colecione os fichários do Educador Ambiental

Clicar sobre o desenho do COLECIONA ou pelo link:
http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/20_03122008091300.pdf

Indicamos, ainda, o Blog http://coleciona-ea.blogspot.com

sexta-feira, novembro 14, 2008

"Coleciona" agora tem um Blog!

O "Coleciona - Fichário do Educador Ambiental", tem sido amplamente divulgado desde a sua primeira edição, sendo acessado principalmente nos países lusófonos.

Recentemente, foi sujeito a uma análise prévia, feita a partir de questionário simples aos usuários, onde se percebeu que alguns leitores têm dificuldades de abrir arquivos em pdf.

Portanto, o Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Brasil, criou o blog http://coleciona-ea.blogspot.com onde podem ser lidos todos os volumes do periódico no formato jpeg, além de permitir uma participação mais interativa do leitor.

Convidamo-los a conhecer o Blog do Coleciona e sintam-se à vontade para divulgá-lo, também.

O Coleciona já vai no seu terceiro número, as suas seções bem diversas atendem aos educadores ambientais e dos mesmos recebem sugestões, artigos, comentários, para sempre se melhorar o conteúdo desta publicação.

Destaca-se para os países lusófonos a seção de Cooperação Internacional, Educomunicação, Estruturas e espaços educadores e Agenda. Agora acessadas com maior facilidade.

Boa leitura e melhores contribuições!

quarta-feira, novembro 05, 2008

Saiu o 3.º número do Coleciona - o Fichário do Educador Ambiental

Já vai no seu terceiro número esta publicação periódica que é da responsabilidade do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Brasil, que tem-se mostrado de ampla divulgação e consulta, e tem como caraterística de destaque dar um espaço importante para o educador ambiental comunicar/ publicitar o que tem feito, suas reflexões, ações, projetos, planejamentos, a fim de contribuir para um processo cada vez mais participativo de proposta de políticas públicas que façam do Brasil e do Mundo um mais justo, atuante e igualitário.

Com seções muito variadas e ricas, possui também um espaço para a cooperação internacional, particularmente nos países lusófonos.

Incentivamos todos os leitores assíduos deste blog que estudem esse fichário, comentem, divulguem e se preparem para também enviar seus relatos, para que o coletivo cresça, quantitativa e qualitativamente!

Encontram-no no link abaixo ou na página do Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Educação Ambiental.

http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/20_05112008093214.pdf

Boa leitura!

sexta-feira, outubro 24, 2008

quinta-feira, outubro 16, 2008

Dia Mundial da Alimentação

Todo ano, em 16 de outubro, cerca de 150 países celebram o Dia Mundial da Alimentação.

O dia 16 de Outubro foi escolhido como Dia Mundial da Alimentação porque neste dia, em 1945, foi criada a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cujo objetivo é elevar os níveis de nutrição e desenvolvimento rural. Há 28 anos que a data é celebrada.

Os objetivos do Dia incluem:

1. estimular uma maior atenção à produção agrícola em todos os países e um maior esforço nacional, bilateral, multilateral e não governamental para esse fim;

2. estimular a cooperação econômica e técnica entre países em desenvolvimento;

3. promover a participação das populações rurais, especialmente das mulheres e dos grupos menos privilegiados, nas decisões e atividades que afetam suas condições de vida;

4. aumentar a consciência pública da natureza do problema de fome no mundo;

5. promover a transferência de tecnologias ao mundo em desenvolvimento;

6. fomentar mais o sentido de solidariedade nacional e internacional na luta contra a fome, a má nutrição e a pobreza e chamar à atenção os êxitos conseguidos em matéria de desenvolvimento alimentar e agrícola (FAO, 2008).

Este dia constitui uma oportunidade para os países refletirem sobre a segurança alimentar e nutricional, num momento em que, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cerca de 923 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo (CONSEA, 2008).

Segundo Renato Maluf, que trabalha com multifuncionalidade da agricultura e desenvolvimento territorial sustentável, esclarece que “segurança alimentar e nutricional engloba um conjunto de questões que recobrem desde o acesso à terra e à água, o fomento à agricultura familiar e a valorização da biodiversidade, até a recuperação da capacidade reguladora do Estado, as ações de acesso à alimentação saudável e a ampliação de ações estruturantes e emancipatórias” (CONSEA, 2008).

Diversos países se programam para atividades na semana do Dia da Alimentação.

No Brasil, mais de 200 atividades estão acontecendo. O Ministro do Desenvolvimento e Combate à Fome, Patrus Ananias, participou quarta-feira, em Brasília, no Seminário “Os desafios da segurança alimentar e nutricional e as respostas do governo brasileiro”, onde também falou o representante da FAO no Brasil, José Tubino, sobre a situação mundial de crise simultânea em várias frentes: alimentos, energia, econômica e ambiental. Além de “uma crise de valores, do materialismo e do consumo exagerado” (MDS, 2008).

São Tomé e Príncipe foi outro dos países CPLP que trabalhou esta temática na semana.

Decorreu no Palácio dos Congressos, entre os dias 8 a 10 de Outubro, o “Seminário sobre a Segurança Alimentar e Nutricional, Direito Humano, Alimentação Adequada e Soberania Alimentar”, iniciativa conjunta da Federação das ONG's em S. Tomé e Príncipe (FONG) com o Governo de São Tomé e Príncipe, sobretudo o Ministro de Agricultura que se engajou imediatamente para trabalharem em parceria no
desenvolvimento do evento. Aspectos fundamentais do Seminário incluíram o aproveitamento das potencialidades existentes em S. Tomé e Príncipe, a definição da estratégia de alimentação no País, bem como os procedimentos a bom senso para serem adequados. Destacou-se o trabalho em grupos
para a definição dalguns eixos principais, estratégias para a formulação posterior da estratégia nacional sobre a segurança alimentar nutricional.

S. Tomé e Príncipe é um país extremamente rico que permite fazer colheita, muitas vezes sem produzir, tem a fruta-pão, a matabala, o búzio, a jaca, pessoas que vão ao mar pescar, permitindo a população ter alimentos para 'sobreviver', sem ainda assim o seu direito à alimentação estar satisfeito. Tem grupos muitos vulneráveis e que ainda têm problemas de alimentação inadequada.

A FONG referiu ser importante incluir camponeses, as pessoas que fazem a transformação dos produtos, aos pescadores, aos palaiês, aos que contribuem de uma maneira direta ou indireta no processo de segurança alimentar (Jornal Tropical, 2008).



Referências bibliográficas:

CONSEA (2008). Disponível em: https://www.planalto.gov.br/Consea/static/eventos/semana_2008/Semana_2008.html

FAO (2008). Disponível em: http://www.fao.org/getinvolved/worldfoodday/worldfoodday-about/es/. Acesso em 16 out. 2008.

JORNAL TROPICAL (2008). Disponível em: http://www.jornaltropical.st/visao.htm. Acesso em 16 out. 2008.

MDS (2008). Disponível em: http://www.mds.gov.br/noticias/201cos-pobres-nao-podem-pagar-a-conta-da-crise-financeira201d-afirma-ministro-patrus-ananias. Acesso em 16 out. 2008.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Escritor moçambicano discute “O papel da escrita no combate à pobreza”

Na passada sexta-feira, dia 3 de Outubro de 2008, no município da Matola, Moçambique, foi organizada pela Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) uma palestra subordinada ao tema “O Papel da Escrita no combate à pobreza”, no âmbito das celebrações do 4 de Outubro, Dia da Paz.

Nela participaram Ungulani Ba Ka Khosa e Lucílio Manjate, escritores moçambicanos. A iniciativa vem no escopo da pesquisa e divulgação da literatura moçambicana, bem como da sua importância nas várias frentes que dizem respeito à vida de toda sociedade, ao mesmo tempo em que a AEMO pretende reafirmar o seu compromisso face aos desafios que se impõem a Moçambique.

No blog “Moçambique para todos” pode encontrar-se uma síntese da biografia e dos trabalhos de ambos os escritores aqui citados.

Fonte: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2008/10/ungulani-fala-d.html?cid=133562381#comment-133562381

quarta-feira, outubro 01, 2008

Acordo ortográfico dos países de língua portuguesa assinado pelo Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira, dia 29 de Setembro de 2008, os quatro decretos que promulgam o acordo ortográfico dos países de língua portuguesa e que estabelecem o prazo para a adequação da nova ortografia no Brasil até 2012.

Lula destacou que a celebração do acordo ortográfico fortalece os laços dos países lusófonos e aumenta no mundo a presença da língua portuguesa e das literaturas no mesmo idioma. Admite a existência de um significado estratégico no que diz respeito à cooperação dos países.

Segundo o presidente, a circulação de obras literárias no mundo lusófono poderá ser incrementada a partir da "adequada padronização da língua escrita". O acordo entrará em vigor no Brasil a partir de janeiro de 2009 e será introduzido nos livros escolares em 2010, de forma gradual, para se tornar obrigatório em 2012.

O Projeto de Educação Ambiental na CPLP, concebido a partir do reconhecimento dos Ministros do Ambiente dos oito países de que o enfrentamento das mudanças sócio-ambientais globais precisa ser assumido de forma conjunta, tendo inclusive elegido temas prioritários para a plataforma de cooperação trabalhar, tem uma meta diretamente relacionada com “o intercâmbio de informações por meio eletrônico, por correspondência, por meio de cessão de material técnico-informativo e bibliográfico, e pelo compartilhamento de sistemas de informação”.

Encontra-se na fase de seleção do que pode constituir material pedagógico para as estruturas educativas (Salas Verdes/ Centros de Educação Ambiental) nos países, respeitando o intercâmbio de títulos entre os países, a escolha democrática e eqüitativa de materiais que atendam às realidades sócio-culturais-ambientais locais, para se ter a leitura da comunidade unida pelo mesmo idioma mas tão diversa.

Fonte: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2008/09/lula-assina-dec.html

segunda-feira, setembro 29, 2008

Clean-up day: Dia Mundial de Limpeza das Águas

No passado dia 20 de Setembro celebrou-se mais um Dia Mundial de Limpeza das Águas, no âmbito da Campanha “Clean up the World”, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).

No Brasil, várias atividades foram promovidas, aproveitando a data para alertar a sociedade civil para a limpeza das praias, em um país com 8.500 km de litoral, abrangendo diferentes ecossistemas e abrigando 70% da população brasileira (Internet 1).

É uma data interessante para todos os países CPLP. Todos os oito países de língua oficial portuguesa têm litoral, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são países insulares, e os demais têm arquipélagos em seu território – alguns dos quais reservas da biosfera, como é o caso da Guiné-Bissau, com o arquipélago dos Bijagós (Internet 2).

Pela sua vulnerabilidade à poluição que já circula nos oceanos – uma “sopa de plástico” do tamanho de dois Estados Unidos flutuando no Oceano Pacífico (Internet 3) - e pela pressão humana sobre os recursos naturais, pela dependência direta das populações humanas em relação aos mesmos, aliada a uma presença ainda tímida da educação ambiental, os países CPLP podem se aproveitar da experiência de países que já se uniram em prol de um mundo mais limpo.

Da Campanha fazem parte 35 milhões de voluntários de mais de 100 países (Internet 4). O melhor da iniciativa é que ela é abrangente, democrática e ilustrativa do que pode fazer a consciência ambiental de uma sociedade esclarecida e crítica, que compreende o seu papel nesta era dos limites, onde as mudanças climáticas e assuntos correlatos podem ser incluídos em um único termo (sócio-ambientais), indicativo da relação estreita entre fenômenos ambientais e seus atores mais importantes – a sociedade humana.

A comunidade lingüística (CPLP) pode tornar-se um exemplo, aproveitando o idioma comum, para se projetar no cenário internacional, como grupo de países dispersos geograficamente, mas unidos em torno de um objetivo comum.

A modernidade trouxe o avanço do individualismo, tornando a idéia de “comunidade” cada vez mais ambígua. “As grandes revoluções modernas romperam com as estruturas socioeconômicas tradicionais, criando novas formas de vida e de cultura que tendem a se afastar do comunitarismo” (SANTOS JR. & NUNES, 2007, p. 61). Foi o sociólogo F. Tönnies que no final do século XIX demarcou “uma linha divisória entre o mundo tradicional e a modernidade, por meio da diferença conceitual entre comunidade (gemeinschaft) e sociedade (gesellschaft). A comunidade é orgânica e se fundamenta numa vontade natural (kuerwille), onde se busca o consenso” (SANTOS JR. & NUNES, 2007, p. 61).

Martin Buber foi outro autor que discutiu o relacionar-se, ao dizer, que “a comunidade em evolução é o estar um com o outro; de uma multidão de pessoas que, embora movimentem-se juntas em direção a um objetivo, experienciam em todo o lugar um dirigir-se um ao outro, um face a face dinâmico, um fluir do eu para o tu” (BUBER, 1982, p. 66).

Que este referencial conceitual possa ajudar a comunidade CPLP a se posicionar, de forma voluntária e pro-ativa, no enfrentamento das questões ambientais mais urgentes, em “tempos de velocidade, de desencantos e perdas de solidariedade” (SANTOS JR. & NUNES, 2007, p. 63)!

Referências

BUBER, M. Do diálogo e do dialógico. São Paulo: Perspectiva, 1982. 171 p.

Internet 1: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/biomas/costeiros.html

Internet 2: http://www.rituais.com/Downloads/Guine-Bissau-Bijagos/Guine-Bissau-Bijagos.pdf

Internet 3: http://www.qualinter.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=94&Itemid=87

Internet 4: http://www.cleanuptheworld.org/en/Membership/learn-more---join-the-campaign.html

SANTOS JR., S.J.; NUNES, A.M. Comunidades educadoras: a Terra como casa, a casa aberta à terra. In: FERRARO JR., L.A. (Org.). Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental, 2007. chap. 5, p. 59-70.

terça-feira, setembro 23, 2008

33º Aniversário do Dia da Mulher em São Tomé e Príncipe

No passado dia 19 de setembro comemorou-se o 33º aniversário do Dia da Mulher em São Tomé e Príncipe. A ASCOP – Associação da Comunidade de São Tomé e Príncipe, em Lisboa, realizou um encontro de reflexão sobre a mulher e a família em São Tomé.

Esta questão de gênero traz à discussão algumas outras de fundo, que cabem ser trazidos à luz por uma ciência tão transversal quanto a educação ambiental.

“Existe um velho ditado bengalês que diz o conhecimento é um bem muito especial: quanto mais você dá, mais você tem disponível. Prover educação não apenas ilumina aquele que a recebe, mas também desenvolve aquele que a provê... A educação fundamental é um verdadeiro bem social, o qual as pessoas podem dividir e se beneficiar conjuntamente, sem ter que retirá-lo dos outros” (SEN, 2004).

Pensando na alfabetização como um dos instrumentos de desenvolvimento social é preciso lembrar que ainda existe desigualdade nos índices de alfabetização de adultos. Em 2002 era 74,2% para mulheres e 85,2% para os homens, valores mundiais (UNESCO, 2004, p. 27). É expectativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que o hiato entre gêneros continue decrescendo até 2015. Afinal, dois terços dos analfabetos do mundo são mulheres...

A alfabetização é um fenômeno social, é um direito humano, que instrumentaliza o indivíduo para agir e decidir de forma consciente sobre sua própria história, relações sociais e ambiente no seu entorno, e que, por tudo isso, precisa ser capaz de se “adaptar a ambientes rurais, periurbanos e urbanos, à relação com a oralidade e as chamadas culturas 'orais' e à sua relevância para a vida dos agricultores, tanto homens como mulheres (...)” (UNESCO, 2004, p. 44). Os seus benefícios mais imediatos são intangíveis, “como uma maior auto-estima, uma mobilidade mais ampla, participação mais intensa na vida comunitária e maior respeito pelas mulheres” (UNESCO, 2004, p. 44). “A alfabetização trata do conhecimento – sua criação, estocagem, recuperação, transmissão e uso – conhecimento proveniente dos ambientes locais e conhecimento proveniente de outras partes do mundo, associados ambos à comunicação global. (...) A alfabetização pode e deve servir como expressão dos valores humanos universais, e também das identidades locais e das etnias. (...) tem que servir a ambos os objetivos e estar disponível a todos e não apenas conferir poder a uns para ser exercido na dominação de outros” (UNESCO, 2004, p. 45).

Porquê alfabetização de adultos? “Esse enfoque se baseia em duas premissas inter-relacionadas: em primeiro lugar, a alfabetização de adultos tem impacto na geração seguinte, uma vez que ela faz com que seja conferido à educação um alto valor comunitário, que serve de reforço à escolarização das crianças. Em segundo lugar, a educação de adultos representa um trampolim para a cidadania participativa, para o reforço do direito a voz na sociedade em geral e para o fortalecimento e expressão da identidade” (UNESCO, 2004, p. 39).

Porquê as mulheres entre os adultos? “Saúde materno-infantil, o bem-estar das crianças, a probabilidade de as crianças virem a freqüentar a escola, a redução dos níveis de fertilidade e papéis políticos e produtivos de maior relevo na sociedade – tudo isso ganha maior expressão através de melhores oportunidades de alfabetização e outras formas de aprendizado” (UNESCO, 2004, p. 45). As mulheres são geralmente privadas de seus direitos, devido ao analfabetismo, inclusive direitos muito limitados que podem ter legalmente, como o direito de possuir terras e outra propriedade, ou de recorrer contra julgamento ou tratamento injustos. É uma questão de segurança, pela possibilidade de vocalizar as demandas do indivíduo, e desenvolver habilidades para se pronunciar sobre oportunidades políticas.
Em vários países CPLP a questão de gênero tem sido amplamente discutida, em diferentes fóruns.

Em Moçambique, por exemplo, existe a Mugede - Associação Mulher, Gênero e Desenvolvimento, ONG constituída em 2004, que se afirma como promotora da conscientização da sociedade em relação à necessidade de se desenvolver uma cidadania ativa na preservação dos valores ambientais, comportamento dos transportadores e na reativação dos valores ético-morais na perspectiva do gênero.

No Brasil, existe a Confederação de Mulheres, que desde a sua fundação, em 1988, tem desenvolvido campanhas e ações para o resgate da dignidade do ser humano, dando-lhe as condições mínimas necessárias para o exercício da cidadania, com enfoque na mulher, tendo alfabetizado no últimos três anos mais de 30 mil alunos. Entre os dias 26 e 28 deste mês promoverá um curso piloto de alfabetização ambiental e gênero, em São Paulo, Brasil.

Que esta socialização sirva de mote para outras iniciativas, no próprio ou em países parceiros!


Referências bibliográficas

SEN, A..Algumas idéias sobre o Dia Internacional da Alfabetização. In: UNESCO. Alfabetização como liberdade. Brasília: UNESCO, MEC, 2004. chap. 5, p. 21-25.

UNESCO. Alfabetização como liberdade. Brasília, 2004. 69 p.

Ver também

http://www.cmb-bwc.com.br/

Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio

No dia 16 de setembro, foi comemorada a edição 2008 do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, em celebração à assinatura do Protocolo de Montreal, em 1987, e em reconhecimento à sua relevância para proteção da saúde e do meio ambiente.

O Protocolo de Montreal, sobre as substâncias que afetam a camada de ozônio, ratificado por 193 países, constitui uma das histórias de cooperação internacional de maior êxito no mundo. Devido ao grau de comprometimento demonstrado por todos os atores envolvidos com a eliminação do uso de substâncias que afetam a camada de ozônio, a presença delas na atmosfera está diminuindo e há sinais incipientes de que o escudo vital desse gás, que nos protege das mortais radiações ultravioletas do Sol, está se regenerando. Esta associação mundial que é o Protocolo de Montreal deve concluir plenamente, para cumprir seu objetivo principal, a restauração da camada de ozônio, prevista para meados deste século.

O desafio é importante, mas se prosseguir o esforço comum dos governos, das indústrias e dos consumidores, o êxito está assegurado. Nestes avanços, a participação dos governos e da sociedade civil, incluindo os setores industrial, educacional e os meios de comunicação, tiveram um papel primordial em criar consciência e, sobretudo, em implementar as soluções de maneira comum. Aí reside o êxito do Protocolo de Montreal.

As medidas adotadas para eliminar as substâncias químicas que afetam a camada de ozônio geraram benefícios ambientais adicionais, já que muitas contribuem para o aquecimento global. Reduzi-las drasticamente também ajudou a enfrentar o fenômeno da mudança climática (LEMMET, s.d.).

As mudanças climáticas são especialmente importantes para os países em desenvolvimento, no caso dos pequenos países insulares, pela subida do nível das águas do mar, e em todos, pelo regresso ou maior incidência das epidemias tropicais, pelo incremento dos problemas de desertificação, maior vulnerabilidade a eventos climáticos extremos, alteração na vocação das regiões agrícolas, entre outros (FURRIELA, s.d.)

Os países CPLP ocupam uma área muito vasta do globo terrestre: espalhados por quatro continentes, e situado maioritariamente no hemisfério sul, este espaço descontínuo abrange realidades tão diversas como a do Brasil, quinto pais do mundo pela superfície, como o minúsculo arquipélago de São Tomé e Príncipe, o Estado mais pequeno, em área, de África. Com excepção de Portugal, de clima temperado com variantes oceânica e mediterrânea, a maior parte da CPLP situa-se na zona tropical subequatorial (CPLP, s.d.). No seio desta diversidade, todos se encontram mais ou menos vulneráveis às mudanças climáticas. Cabe ao conjunto dos oito se apoderar do tema, avaliar suas debilidades e suas potencialidades e de que forma podem, como comunidade, podem construir uma proposta exemplar de enfrentamento das mudanças climáticas globais, que sirva de ilustração para outras comunidades lingüísticas ou regionais. Esta deve ser uma função da educação ambiental, como transversal a todas as áreas do conhecimento e setores de atividades.

Referências bibliográficas

CPLP. Disponível em: http://www.cplp.org/Estados-membros.aspx?ID=22. Acesso em 23 set. 2008.

FURRIELA, F.B. Mudanças climáticas globais: desafios e oportunidades. Disponível em: http://www.seia.ba.gov.br/clima/template01.cfm?idCodigo=333. Acesso em 23 set. 2008.

LEMMET, S. Associação mundial para obter benefícios mundiais. Disponível em: http://mudaclima.blogspot.com/search/label/camada%20de%20Oz%C3%B4nio. Acesso em 23 set. 2008.

Dia Mundial da Alfabetização

No passado dia 8 de setembro celebrou-se o dia mundial da alfabetização. A UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – dedicou a década de 2003-2012 à alfabetização, por meio da Resolução A/RES/54/122.
“A alfabetização universal de crianças e adultos continua sendo um desafio. Ela constitui um direito humano fundamental, uma necessidade básica de aprendizagem e a chave para aprender a aprender, condição indispensável para o exercício pleno da liberdade. A batalha pela alfabetização requer esforços sustentados (...) além de programas, projetos e campanhas de curto prazo. A alfabetização favorece a identidade cultural, a participação democrática, a cidadania, a tolerância pelos demais, o desenvolvimento social e a paz” (UNESCO, 2004, p. 7).
O conceito de alfabetização evoluiu bastante nos últimos anos. Entendida inicialmente como capacidade de ler, escrever e fazer cálculos aritméticos, era uma educação em grande parte dissociada da realidade dos educandos. Nos anos 60 introduziu-se a visão funcional da alfabetização – o Congresso Mundial de Ministros da Educação sobre a Erradicação do Analfabetismo (1965) considerou a alfabetização como um aspecto fundamental do treinamento para o trabalho e aumento da produtividade; e, Paulo Freire acrescentou-lhe dimensões políticas, situando o aluno como sujeito de um processo de alfabetização crítica, entendida como capacidade de participar.
Com a V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (Confintea V) a alfabetização, ainda relacionada com a luta contra a pobreza, foi inserida no contexto da educação de adultos e da sociedade de aprendizagem.
Hoje, a concepção de alfabetização é mais ampla e plural em diversos sentidos – bi-alfabetização (em situações de bilingüísmo), alfabetização digital, eco-alfabetização, entre outros. As “alfabetizações” implicam a aceitação dos caminhos da educação formal e não-formal, assim como a educação presencial e a educação à distância. Também, a aceitação de diversos públicos com características e necessidades diferentes: adolescentes e jovens, meninas e mulheres, trabalhadores... Inclusive o enfoque da alfabetização precisa ser integrado, não só articulando todos os aspectos da vida mas também tendo uma visão linguagem como totalidade – comunicação oral e escrita, contextos de saúde, nutrição, artesanato, microcrédito, entre outras áreas. Este ano de 2008 sinaliza a relação entre alfabetização e saúde, com o lema “Alfabetização é o melhor remédio”, pensando nas epidemias e doenças contagiosas como AIDS, tuberculose e malária.
No mundo, um quinto da população mundial sequer tem acesso à alfabetização. Os esforços de alfabetização não acompanharam o ritmo do crescimento populacional, na verdade, na Ásia Meridional e Ocidental e na África Subsaariana o número de analfabetos aumentou desde 1990. Olhando o panorama dos eventos e compromissos internacionais relativos à alfabetização, percebem-se dois focos de tensão: “embora a retórica de preocupação quanto ao enfoque da questão da alfabetização tenha se mantido forte e clara, os avanços reais foram frustrantes – diversas metas foram estabelecidas e não cumpridas, e nenhum aumento significativo nos investimentos foi ainda verificado. [Também], embora a alfabetização permaneça no cerne das preocupações da UNESCO, e a ela se tenha engajado intensamente no processo internacional, nada disso resultou na colocação da alfabetização no centro dos debates internacionais sobre educação” (UNESCO, 2004, p. 33).
A questão da alfabetização interessa sobre maneira aos países CPLP, por vários motivos. Um deles relaciona-se com o grau de analfabetismo neles, não só o analfabetismo concreto, que impede o indivíduo de ler e escrever, como o retrocesso dos que eram alfabetizados, o analfabetismo funcional, e o analfabetismo crítico – precisa ser prioridade dos países, indo além dos fóruns de discussão política, tornando-se prática cotidiana. O porquê e o como de fazer da alfabetização prioridade deve guiar os decisores e executores dessa prática – o que ganham os indivíduos como cidadãos e como é promovida a democracia no país? Quem se torna protagonista do desenvolvimento do coletivo? Quanto contribuirá a alfabetização para a saúde, o ambiente, a justiça social?
Um outro motivo interessante é a reflexão de em qual idioma deve acontecer a alfabetização – em países de língua oficial portuguesa, onde existem centenas de outros idiomas, quão rico deve ser o processo de permitir que ambas, línguas maternas e língua oficial, tenham espaço e se comuniquem? Até que ponto o português deve ser o idioma de fácil comunicação entre os países e os distintos grupos lingüísticos nos países, ao mesmo tempo em que as aulas, desde o ensino básico até à educação formal de jovens e adultos, devem leccionar nas outras línguas? E quando se deve incentivar a tradição oral? Afinal, o desenvolvimento social não pode assentar exclusivamente na alfabetização, ela é uma forma de comunicação – através de textos – mas não é a única, e é um instrumento de resgate da auto-estima, de identidade, de participação, de cidadania, mas não é a única.
Toda essa panóplia de questões deve ser trazida à discussão nos países CPLP, cujo alicerce é a identidade lingüística, sendo que admite em seus estatutos o reconhecimento e a valorização das diversidades.
Moçambique, entre os dias 22 e 24 de setembro, promoveu o III Seminário sobre Padronização de Línguas Moçambicanas, reunindo mais de 200 individualidades nacionais e estrangeiras para analisar a problemática da escrita de línguas africanas em geral e as línguas moçambicanas em particular, e propor um sistema de escrita de línguas moçambicanas a ser aprovado pelo Governo e outras instâncias relevantes do Estado, como conjunto de normas a observar na representação escrita dessas línguas.
É um bom exemplo a ser seguido pelos demais, como exercício da liberdade de cada um.


Referências bibliográficas

UNESCO. Alfabetização como liberdade. Brasília, 2004. 69 p.

Ver também

TEIXEIRA, R.N. A alfabetização de jovens e adultos: a abordagem de Paulo Freire. Disponível em: www.ucdb.br/pesquisa/nepa/3466.doc. Acesso em 23 set. 2008.

UNESCO. Dia internacional da alfabetização. Disponível em: http://www.brasilia.unesco.org/unesco/premios/dia-internacional-da-alfabetizacao-2008-1. Acesso em 23 set. 2008.

terça-feira, setembro 16, 2008

5 de Setembro - Dia da Amazônia

No passado dia 5 de Setembro se comemorou mais um Dia da Amazônia, dia instituído pelo Congresso Nacional Brasileiro, por meio Lei 68/2005, com o objetivo de sensibilizar e despertar os brasileiros para a necessidade de se adotar uma política de desenvolvimento sustentável para a região amazônica visando harmonizar e compatibilizar a conservação da natureza e a proteção ambiental com o desenvolvimento socioeconômico. Historicamente, a data é uma homenagem à Província do Amazonas criada por Dom Pedro II em 1850. A propósito da data, uma extensa programação de eventos aconteceu na inteira semana, incluindo debates sobre assuntos tais como mudanças climáticas globais.

Segundo o pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo Miranda, há 8 mil anos, o Brasil possuía 9,8% das florestas mundiais. No início do século XXI, o país detém 28,3%. Dos 64 milhões de km2 de florestas existentes antes da expansão demográfica e tecnológica dos humanos, restam menos de 15,5 milhões. Mais de 75% das florestas mundiais já desapareceram. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía quase 11% e agora 3,4%. A Ásia já deteve quase um quarto das florestas mundiais, agora possui 5,5% e segue desmatando. Na América do Sul, o responsável pelos remanescentes florestais é a Amazônia brasileira. Na Amazônia, por quatro séculos, a presença humana limitou-se a cidades ribeirinhas e ao extrativismo. A grande ocupação desenvolveu-se na segunda metade do século XX com migrações, crescimento da população, construção de estradas de rodagem, hidroelétricas e outras obras de infra-estruturas (MIRANDA, 2007, p. 246). Há 30 anos, as taxas anuais de desmatamento na Amazônia têm variado de 15 a 20 mil km2, com picos de 29 mil e 26 mil km2 em 1995 e 2003, respetivamente, com tendência de queda de 2004 a 2006, passando para 11 mil km2/ano, segundo estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Detendo mais de 80% da floresta amazônica o Brasil tem “responsabilidade para reavivar, por meio de políticas e práticas duradouras, a eficácia das medidas históricas de gestão e exploração que garantiram a manutenção das suas florestas primárias, principalmente na Amazônia” (MIRANDA, 2007, p. 247).

Podemos aproveitar o Dia da Amazônia para refletir sobre as florestas nos países CPLP.

À excepção de Portugal, a maior parte dos países CPLP encontram-se na área tropical subequatorial. Assim como a Amazônia é um dos biomas do Brasil, com flora, fauna e comunidades humanas únicas, as formações vegetais de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique, Angola e Timor-Leste são únicas. Assim como a Amazônia, cada floresta sofre distintas ameaças à continuidade da sua biodiversidade e da vida das populações humanas que delas dependem.

Reservar dias específicos para temas ambientais pode ser um momento de avaliar como os cidadãos desses países estão contribuindo para a sustentabilidade dos recursos naturais no seu território, como se relacionam com ele e como suas democracias têm dialogado com eles a fim de fortalecer a educação que pode valorizar e integrar o ambiente ao conceito de desenvolvimento condizente com um cidadão crítico, atuante, emancipado.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Missão de formação do Projeto de EA na CPLP em São Tomé e Príncipe


Entre os dias 4 e 6 de Agosto, aconteceu no Instituto Superior Politécnico, na cidade de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, a missão-piloto de formação dos técnicos das Salas Verdes do país, a quem se juntaram vários educadores que atuam no ensino formal e informalmente em ONG’s e associações da sociedade civil, ou que se relacionam com a temática ambiental no país, em distintas Direções do Ministério do Ambiente e dos Recursos Naturais.

Participaram ativamente 22 formandos, representando 11 instituições nacionais (incluindo o Príncipe), no programa da missão, que tinha como objetivos contribuir para a formação de recursos humanos habilitados para planejar e implementar processos participativos locais de EA, estimular a elaboração dos projetos políticos pedagógicos das salas verdes no país e envolver os participantes no planejamento da proposta de campanhas educacionais voltadas à temática das mudanças climáticas globais.

Através de diagramas, mapeamentos participativos, oficinas, painéis de visualização, tempestades de idéias e oficina de futuro, desconstruiram-se pré-conceitos e novos conceitos foram gerados coletivamente – o que é e o que não é educação ambiental, quais seus princípios e valores, sua transversalidade e protagonismo. Problematizaram-se os desafios que as comunidades que usarão as Salas Verdes enfrentam e apontaram-se caminhos para o empoderamento das mesmas na transformação de suas realidades.

Os Ministros da Educação e do Ambiente prestigiaram o Projeto com sua presença, a Televisão São-Tomense (TVS) fez várias reportagens com a coordenação do Projeto e entrevistas aos formandos, valorizando o momento de fortalecimento das relações entre governo e sociedade civil, entre Brasil e São Tomé, e, acima de tudo, demonstrando o interesse em cooperar com os demais países CPLP na construção de um mundo mais justo, com cidadãos atuantes, felizes.

São Tomé e Príncipe é um país maravilhoso, jovem, dispõe de um território de 1001 km2, é habitado por menos de 160 mil habitantes, tem uma história muito recente de independência, lembra muito bem o impacto positivo da passagem de Paulo Freire pelo seu território, inclusive através de relatos de multiplicadores que com ele trabalharam diretamente, e é rico em manifestações culturais. Sua similaridade com o Brasil e a sua capacidade de assimilar o Projeto, liderando o conjunto dos oito em etapas cumpridas, elegeu-o como o primeiro para a primeira das formações.

Agora, continuemos trabalhando à distância, São Tomé e Príncipe, abrindo as portas da Biblioteca Nacional e da Direção do Ambiente do Príncipe aqueles que farão da educação ambiental meio e fim de seus projetos de um país maior e uma comunidade tão diversa mais grandiosa!

sexta-feira, julho 11, 2008

Projeto de Educação Ambiental na CPLP em Portugal

Entre os dias 30 de Junho e 5 de Julho, o Projeto de EA na CPLP teve várias reuniões em Lisboa, com o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), com o Secretariado Executivo da CPLP, com o Centro de Ecologia Aplicada Baeta Neves (CEABN) e com o Centro de Estudos Tropicais para o Desenvolvimento (Centrop), a fim de resolver questões de tramitação do Projeto e se avaliar a viabilidade de se ampliarem as parcerias institucionais entre o Departamento de Educação Ambiental e aquelas entidades. Discutiu-se a cessão de materiais e a formação de educadores ambientais para participarem junto às Salas Verdes dos países CPLP.


Houve também encontro com representante da empresa Fujitsu-Siemens, para se desenhar uma estratégia de se baratear o custo de aquisição dos computadores para se instalarem nas Salas Verdes CPLP.

Foi feita uma apresentação no Instituto Superior de Agronomia do Projeto, com representantes da Direção, da docência e vários estudantes portugueses e africanos, dando margem a uma ampla discussão sobre como o contexto econômico, social, cultural, ambiental e político de vários países pode potencializar ações do Projeto, ao mesmo tempo em que ele se torna em instrumento de empoderamento, de cidadania, de desenvolvimento, emergindo desde uma sociedade crítica, emancipada.

As publicações “Encontros e Caminhos”, vol. I e II, bem como “Viveiros educadores”, foram cedidos à Biblioteca do Instituto Superior de Agronomia, que durante cinco anos alojou, no seu CEABN, um Projeto de Educação Ambiental orientado para a população escolar da área metropolitana da Grande Lisboa e subordinado ao tema “O Mundo Rural e a Conservação da Natureza”.

Apresentação internacional do Projeto de Educação Ambiental na CPLP, em Maspalomas, Ilhas Canárias

Entre os dias 23 e 27 de Junho decorreu em Maspalomas, Gran Canária, um evento internacional que tem a ambição de juntar distintas gerações de pensadores e lideranças mundiais em um mesmo espaço.

No Campus of Excellence 2008, perante personalidades como Sam Daley-Harris, presidente e fundador do RESULTS Educational Fund, Julio Frenk, associado sênior da Fundação Bill & Melinda Gates, Bernardo Kliksberg, personalidade internacionalmente reconhecida na área de ética para o desenvolvimento, Balbir Mathur, presidente da ONG Trees for Life, Amadou Ndoye, da Universidade de Dakar, Senegal, a coordenação do Projeto pode apresentar a concepção e política de educação ambiental do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Brasil, agora com atuação internacional, em cooperação com os países de língua portuguesa.

Vários questionamentos foram feitos, inclusive de estudantes presentes que trabalham em pedagogia nos seus países (USA, Paquistão, Espanha, Quênia), principalmente contribuições nos temas empoderamento, emancipação, mobilização e participação social, e o potencial de transversalização e universalização que a educação ambiental, amadurecida pela reflexão e experiência prática em anos de exercício no Brasil, pode atingir.

Estabeleceram-se contatos importantes pensando nos diferentes eixos de ação do Projeto, nomeadamente na fase atual, de instalação nos países das Salas Verdes/ Centros de Educação Ambiental.

Publicações do Órgão Gestor da Educação Ambiental no Brasil, como “Encontros e Caminhos”, vol. I e II, “Viveiros educadores” e “Coletivos educadores”, foram cedidos para a Biblioteca da Universidade de Dakar, Senegal, que se tornou este mês de Julho observador associado dos países CPLP, país onde em 2006 existiam mais de 50 os estabelecimentos do ensino secundário, distribuídos por quase todo o território, onde a língua portuguesa é estudada por mais de 14.000 alunos e leccionada por cerca de 125 docentes senegaleses; para a rádio comunitária Djan-Djan, no arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau; e para a UCLA, University of Los Angeles, que dispõe de um setor de materiais em língua portuguesa.

segunda-feira, julho 07, 2008

COLECIONA - Fichário d@ Educador Ambiental

Vol. 1 / ano 1 / julho - agosto 2008

O COLECIONA: é um material a princípio eletrônico
e bimestral, especializado em informações sobre Educação Ambiental e Educomunicação, que poderá ser consultado gratuitamente no do DEA/MMA – Departamento de Educação Ambiental – e disponível para em formato pdf. A cada dois meses, as pessoas cadastradas receberão eletronicamente em seus emails os textos atualizados.

Após a circulação de alguns exemplares, estes serão avaliados junto ao receptor e as
instituições, organizações e pessoas interessadas receberão um fichário onde esses textos deverão ser arquivados. O objetivo é de que este seja um completo e prático fichário com textos para se pensar e fazer Educação Ambiental, permanentemente atualizado e organizado em seções, possibilitando, assim, a formação de um Banco de Informações sobre tal temática, para consulta pública.

Para tanto, não deixe de se cadastrar para o recebimento das atualizações e de fazer
sugestões.



E que este seja mais um ponto para nossa rede de educador@s ambientais!


terça-feira, junho 17, 2008

Projeto de Educação Ambiental na CPLP nas Ilhas Canárias


O Projeto de Educação Ambiental na CPLP terá uma apresentação no dia 23 de Junho de 2008, na Casa da África, Las Palmas de Gran Canária, Espanha, no âmbito do evento Campus de Excelência.

O Campus de Excelência é um evento de caráter anual, que acontece nas Ilhas Canárias, este ano em Las Palmas de Gran Canária, uma iniciativa pioneira que visa juntar mentes brilhantes de todo o mundo, líderes mundiais e jovens que se destacam nos seus países, nas suas áreas do conhecimento, apresentando seus projetos inovadores, científicos, culturais, políticos, econômicos, como forma de enfrentamento aos desafios globais atuais.

Este ano de 2008 o tema do evento é “Construindo pontes e abrindo portas”, reforçando o interesse do trabalho conjunto entre América Latina e África.

Pela presença de instituições como Unicef, Fundação Bill & Melinda Gates, Africare e Agência Canária de Desarrollo Sostenible y Lucha contra el Câmbio Climático, é importante que se divulgue o situacional do Projeto e até que ponto possíveis constrangimentos operacionais possam ser ultrapassados pelo estabelecimento de parcerias.

O site oficial do evento é:

http://www.campusdeexcelencia.org/2008/index_en.php?idioma=en&id=5

A Casa da África, que iniciou oficialmente as suas atividades em Junho de 2007, tem como principal objetivo constituir-se em um foro aberto às cidadanias espanhola e africana com vista a potenciar o conhecimento recíproco, ao mesmo tempo em que anseia se converter em catalisador referente do africanismo espanhol. A sua localização geográfica facilita seu papel de plataforma para a cooperação hispano-africana e euro-africana. Principalmente focada na África Sub-Saariana, soma-se à concepção da Estratégia de Cooperação Espanhola designada: "Cultura para o Desenvolvimento".

O site oficial da Casa é:

http://www.casafrica.es/pt

O Projeto de Educação Ambiental na CPLP encontra-se em fase de implementação nos países, onde os Pontos Focais da Educação Ambiental de cada um dos oito desempenham atividades de articulação com a coordenação, no Brasil, selecionam as instituições que alojarão as Salas Verdes/ Centros de Educação Ambiental nos seus países, os gestores/ animadores desses espaços, elegem títulos que constituirão material pedagógico para os usuários dos Centros, além de esboçarem estratégias para a elaboração de um Programa CPLP de EA (à semelhança do Programa Latino-Americano de EA) e para a realização de uma Campanha de enfrentamento das mudanças climáticas globais, por parte de uma comunidade lingüística.

quarta-feira, junho 11, 2008

Salas Verdes no Brasil


O Projeto Salas Verdes do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Brasil, tem tido uma apropriação por parte das comunidades onde são instaladas, cumprindo os objetivos delineadores de sua concepção. Estes dois vídeos, das Salas Verdes de Cananéia, estado de São Paulo, e Maragogipe, Bahia, Brasil, são ilustrativos do êxito do Projeto, que se tornou um espaço educador e de resgate das culturas locais, onde os envolvidos se tornam verdadeiros atores sociais.

Página do Projeto Salas Verdes no Ministério do Meio Ambiente/MMA - Brasil - AQUI





Por Claudia Martins

terça-feira, junho 10, 2008

II Reunião do Comitê Gestor do Projeto de EA na CPLP - Abril/2008, Angola



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O Projeto Educação Ambiental na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa no Marco da Educação para o Desenvolvimento Sustentável teve a II Reunião do seu Comitê Gestor nos dias 21 a 23 de Abril de 2008, no Centro de Convenções da Talatona, Luanda, Angola.

Nele estiveram presentes os pontos focais da Educação Ambiental de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, bem como representantes do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, Portugal, e do Ministério dos Recursos Naturais e Energia, Guiné-Bissau. Os Ministérios da Educação do Brasil e de Angola tiveram também representação e vários elementos da sociedade civil dos países referidos prestaram sua valiosa colaboração neste momento presencial.

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Foi por todos reconhecido o interesse político de aliar a Reunião com a IV Conferência dos Ministros do Ambiente da CPLP, o que se traduz no fortalecimento do foro e da plataforma ambiental da CPLP. Isso é tanto mais verdade quando se verifica que duas áreas que o Projeto de EA na CPLP cruza são objeto de trabalho da CPLP: Cooperação para o Desenvolvimento e Educação e Ambiente.

Os esforços dos oito países em se juntar para discutir questões sérias de interesse global precisa ser ressaltado como exemplar, como uma referência para outros grupos de países. Havia elevadas expectativas externas e internas relativamente ao encontro.

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Esta Reunião de trabalho incluiu agrupamento dos riscos operacionais para que se vislumbrem as possíveis oportunidades. Também, como melhorar o diálogo entre os países, pelo mapeamento e facilitação de tecnologias que permitam a aproximação e a comunicação freqüentes.

Os eixos do Projeto incluem (1) instalação de duas Salas Verdes/ Centros de Educação Ambiental em cada país – espaço integrador de ações, mecanismo de concertação social, detonador da criação de núcleos em outras regiões, distantes das capitais; (2) elaboração do esboço de um Programa CPLP de EA, que assuma a sustentabilidade como responsabilidade global e referência para os programas nacionais de EA, como um pacto estabelecido entre os países de língua portuguesa; e, (3) realização de um Seminário Internacional de EA na CPLP.

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A educação ambiental que alicerça este Projeto está comprometida com mudanças estruturantes, ela é reflexiva, promotora de políticas ambientais, distinta da EA pragmática, hegemônica, recorrente nos países desenvolvidos. Esta discute a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, que é totalmente distinto de achar as causas. Deve ser vista como a oportunidade de discutir o modelo de organização, desenvolvimento e consumo atuais. Ela precisa ser um projeto de sociedade, de felicidade, de humanidade.


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A EA na cooperação internacional da CPLP surge como emancipatória da sociedade, respeitando a diversidade da comunidade lingüística dos países lusófonos. Os pontos focais de cada país levaram para seus países responsabilidades acrescidas a serem partilhadas com outros atores sociais, para o cumprimento dos objetivos e cronograma do Projeto.

Os próximos momentos presenciais nos países serão as missões técnicas de formação e uma próxima reunião do CG foi apontada para acontecer ainda este ano, no seu último trimestre.

Fotos da II Reunião do Comitê Gestor do Projeto de EA na CPLP - Abril/2008, Angola




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Recebidos com uma enorme hospitalidade em um local novo na parte sul da capital angolana, os pontos focais do Projeto Educação Ambiental na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa no Marco da Educação para o Desenvolvimento Sustentável conduziram as suas atividades nos três dias inteiros imediatamente antes da IV Conferência de Ministros do Ambiente da CPLP.







Mesas de trabalho, oficinas, exposições e vários momentos de convívio social permitiram ao grupo uma maior aproximação, ao mesmo tempo em que os momentos de aprendizado com a fantástica diversidade que é o conjunto dos oito países foram valorizados.


A todos os que participaram da Reunião e a todos os que vêm chegando fica o convite à reflexão dos papéis - do protagonismo - que cada um quer assumir nesta era dos limites - com a educação ambiental como roteiro.



sexta-feira, junho 06, 2008

Semana do Meio Ambiente


A Semana do Meio Ambiente comemora, em todo o Mundo, o primeiro Encontro de Cúpula de Meio Ambiente, realizado pela ONU em Estocolmo, aberta em 05 de Junho de 1972. Nessa ocasião, pela primeira vez, os governos reconheceram formalmente a necessidade de tratar a poluição provocada pela indústria, agricultura e demais atividades humanas.


O tema adotado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA) para o Dia Mundial do Ambiente de 2008 foi: "Mude os seus hábitos! Rumo a uma economia com reduzida produção de carbono".

A esse propósito atendeu-se à publicação de um guia orientador de cada consumidor, indivíduo ou instituição, que queira tornar-se neutro quanto às emissões de carbono. É um livro bem interessante, publicado ainda apenas em inglês, que se encontra disponível para download na página www.pnuma.org, sob o título "Kick the Habit: The UN Guide to Climate Neutrality".

É um fato que todos os países se organizam em inúmeras atividades nesta semana especial.

Os países CPLP não são exceção. Lembremos que todos os oito países de língua portuguesa, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, de uma ou de outra forma, se encontram vulneráveis às mudanças climáticas, ou pelo avanço da desertificação, ou por serem pequenos estados insulares, ou pelo desmatamento, ou outros – o que os torna particularmente interessados na discussão das questões ambientais, e lhes dá respaldo para se posicionarem no cenário mundial como proponentes de políticas e programas de enfrentamento, mais do que mitigação, mais do que adaptação, às mudanças.

Através de iniciativas governamentais ou da sociedade civil, há uma grande vontade em se satisfazer a expectativa quanto a como uma das mais novas organizações (a CPLP) se posicionará face às mudanças sócio-ambientais e climáticas globais. Por exemplo, nos dias 5 a 7 de Junho, sob a temática “A Cooperação Portuguesa: a língua e a cultura na promoção do desenvolvimento”, acontecerá em Lisboa a primeira edição do evento “Dias do Desenvolvimento”, onde o Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) falará sobre os desafios da CPLP para o cumprimento dos Objetivos do Milênio (ODM).

É um momento chave, no rastro de tantas iniciativas nos países, para repensar o modelo de desenvolvimento que queremos, como cidadãos críticos, emancipados, conscientes de suas responsabilidades comuns, porém diferenciadas, refletindo os princípios fundamentais da educação ambiental na sua própria realidade – ação com um potencial inigualável, quando se pensa na diversidade cultural, ambiental, lingüística, institucional, que caracteriza o conjunto dos oito países. Não é possível, nem desejável, ter um modelo para replicar entre os estados-membros. Mas é possível trazer subsídios teóricos para esta discussão.

Pensamos em Edgar Morin, um grande filósofo francês, que trabalha a temática da crise civilizacional presente, em “uma comunidade com finalidades planetárias”, enfrentando ameaças que, segundo ele, só podem ser combatidas com “a proposição de uma política de civilização”. Apesar de sua estratégia poder fazer-nos relembrar o slogan da Revolução Francesa, os aspectos que ele traz para o debate, são atuais e pertinentes.

Vamos nós, países CPLP, aproveitar a deixa e o momento histórico desta era dos limites, para o compromisso de mostrar que é possível fazer diferente!

Claudia Martins
Boa Semana do Ambiente!

quarta-feira, maio 14, 2008

Marina Silva pede demissão do Ministério do Meio Ambiente

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou carta de demissão nesta terça-feira (13) segundo assessoria, que não revelou os motivos pelos quais ela decidiu deixar o cargo. O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Bazileu Margarido, também estão demissionários, informou uma fonte do governo. Ainda nesta terça, o Conselho de gestão do Ibama deve se reunir para discutir a transição no comando do Meio Ambiente.

A saída do Planalto ocorre cinco dias após o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS). Na solenidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o ministro extraordinário do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE), Roberto Mangabeira Unger, seria o coordenador do PAS, mas fez uma brincadeira com Marina: "Dilma, eu disse que você é a mãe do PAC. Ninguém como você, Marina, para ser a mãe do PAS. De mãe em mãe, vocês percebem que estou criando a nova China aqui."

Marina está à frente do ministério desde o primeiro mandato de Lula. Sua saída põe fim a um processo de desgaste que se acentuou no ano passado, quando o atraso na concessão de licenças ambientais pelo Ibama foi apresentado como o grande vilão para o não andamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Marina chegou a protagonizar disputas com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o próprio Lula fez críticas públicas à área sob seu comando quando a falta de licenças atrasou o processo de leilão das usinas do Rio Madeira.

Sob forte bombardeio desde então, a ministra mantinha suas convicções em eventos públicos. Ainda na última segunda, durante lançamento do Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa, a ministra teve a coragem de criticar a menina dos olhos do governo Lula, o investimentos em biocombustíveis: "o Brasil não quer ser a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) dos biocombustíveis(...) Queremos dar nossa contribuição em relação aos biocombustíveis, mas observando nossa capacidade de suporte. E de forma que não comprometa a segurança alimentar nem a questão ambiental", chegou a dizer Marina à Agência Brasil. "Nossa economia depende 50% da nossa biodiversidade. Quem destruiria sua galinha dos ovos de ouro?", indagou em Brasília.

Marina reassume sua vaga como senadora no lugar de Sibá Machado (PT-AC), que é seu suplente e ocupava o cargo desde que a ministra assumiu o posto em 2003. O Palácio do Planalto ainda não confirma a informação.

Trajetória - Marina tem uma trajetória muito parecida com a de Lula. Nascida em 1958, na "colocação" (espaço explorado por uma família dentro do território do seringal) Breu Velho, no Seringal Bagaço, a 70 quilômetros de Rio Branco, capital do Acre, trabalhou como empregada doméstica e alfabetizou-se pelo antigo Mobral. Após fazer o supletivo, aos 26 anos formou-se em História pela Universidade Federal do Acre. Em 1985, ela filiou-se ao PT e passou a participar das Comunidades Eclesiais de Base, de movimentos de bairro e do movimento dos seringueiros.

Em 1984, foi fundadora da CUT no Acre, que teve Chico Mendes como seu primeiro coordenador, com Marina atuando como vice-coordenadora. Nas eleições municipais de 88 foi a vereadora mais votada em Rio Branco e conquistou a única vaga de partidos de esquerda na Câmara Municipal. Em 1990 candidatou-se a deputada estadual e foi novamente a mais votada. Marina Silva foi eleita pela primeira vez para o Senado em 1994. Na época, aos 36 anos, foi a senadora mais jovem da história da República. Em 2002 foi reeleita com uma votação quase três vezes superior à anterior. (Fonte: Estadão Online)

Visita dos observadores dos países CPLP na III CNMA ao DEA – MMA

Aidil Borges, de Cabo Verde, Carlos Vales e Xabier Virgós, de Espanha, Fernando Saldanha, da Guiné-Bissau, Gil Tomás e Joana de Matos, de Angola, Saquina Mucavele, de Moçambique, reuniram-se nesta sexta-feira, 09 de Maio de 2008, no Ministério do Meio Ambiente, com Marcos Sorrentino, José Vicente, Cláudia Martins, Mariana Dourado e Joana Amaral, para uma reunião de apresentação do momento presente do Projeto de Educação Ambiental na CPLP, que propõe a cooperação entre os países de língua portuguesa para o fortalecimento da Educação Ambiental, e que surgiu após indicação na Plataforma de Cooperação da CPLP, assinada em Maio de 2006 pelos Ministros de Meio Ambiente dos oito países.

Atendendo à importância do papel da sociedade civil no processo de construção de um Programa de educação ambiental conjunto na CPLP, à relevância de que sociedade civil e governo concertem esforços no empenho partilhado de trazer os princípios fundamentais da educação ambiental para o modelo de desenvolvimento sustentável que se pretende atingir, mote da Campanha que o Projeto propõe, e ao interesse em ampliar a comunicação dentro e entre os países, foi promovido este encontro, onde se expôs o projeto político pedagógico que suportará a criação /instalação dos centros de educação ambiental do Projeto.

Carlos Vales e Xabier Virgós trouxeram elementos que podem facilitar este processo de cooperação, através da Galiza.

Todos puderam expor suas dúvidas e começar a desenhar seus papéis de protagonistas na implementação da proposta.

Encontro entre observadores dos países CPLP e a Ministra Marina Silva

No encontro entre a Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, e os observadores internacionais junto à III CNMA, várias questões de caráter urgente e emergente foram abordadas. Depois de referir números impressionantes relativos à dimensão brasileira, de seus recursos naturais, culturais e humanos, que tornam o desafio da sustentabilidade tão grande quanto, a Ministra reforçou a transparência do processo de implementação de políticas públicas ambientais no país. Falou da política de cooperação multilateral do Ministério, da triangulação da cooperação, da parceria Sul-Sul. Sublinhou as responsabilidades comuns, porém diferenciadas, quando se trata de questionar e contrariar o atual modelo de desenvolvimento, promovendo um distinto, nesta “era dos limites”. O seu discurso impressionou fortemente os observadores dos países CPLP, que viram na abertura e fala da Ministra um exemplo a ser seguido. Foi igualmente uma excelente oportunidade de conversar com observadores vindos de outros países, América Latina e Caribe, Reino Unido, França, que ali expuseram seus questionamentos. Sem dúvida um ponto alto desta Conferência Nacional do Meio Ambiente.

sexta-feira, maio 09, 2008

Atividades dos Observadores Internacionais dos países CPLP na III CNMA, Brasília

Os observadores internacionais presentes na III Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília, Aidil Borges, Fernando Saldanha, Saquina Mucavele, Gil Tomás e Joana Ram, representando quatro dos países CPLP, vêm acompanhando as atividades da Conferência – mesas de debate, discussão das propostas, votação de regimento – bem como participando com o grupo de Educação Ambiental do MMA nas suas atividades paralelas.

Envolveram-se com a equipe técnica, delegados e outros observadores internacionais, nomeadamente da América Latina e Caribe, tendo estabelecido aproximações com membros da sociedade civil, absorvendo de experiências brasileiras nas áreas da conservação da biodiversidade nos seus ecossistemas, de técnicas de produção agrícola e tecnologias pós-colheita alternativas e de baixo impacto, de educação popular no campo e de questões de gênero.

Saquina Mucavele apresentou o seu trabalho na Associação Mulheres, Gênero e Desenvolvimento, em Maputo, na Oficina promovida pelo Comitê de Gênero, expondo questões sociais e econômicas características da sociedade moçambicana, que cruzam questões ambientais, atingindo de forma mais incisiva as mulheres.

Para sexta-feira está agendada um encontro entre os observadores internacionais e a Ministra do Ambiente Marina da Silva e o Secretário de Articulação Institucional e Cidadania Hamilton Pereira, na parte da manhã, sucedida de uma reunião paralela no MMA, relativa ao Projeto de Educação Ambiental na CPLP, do Departamento de Educação Ambiental.

Observadores Internacionais dos países CPLP na III CNMA, Brasília

No âmbito da política de Relações Internacionais do Departamento de Educação Ambiental do MMA, e no espírito de participação e mobilização social bem como discussão democrática dos desafios relacionados às mudanças climáticas, promovidos pela Conferência Nacional de Meio Ambiente, já na sua terceira edição, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique enviaram representantes de organizações da sociedade civil como observadores internacionais.

Registra-se a presença de Gil Tomás e Joana Ram, da ADRA – Angola, Aidil Borges, do Ministério da Educação e Ensino Superior – Cabo Verde, Fernando Saldanha, da ONG Nantinyan – Guiné Bissau, e Saquina Mucavele, da Mugede, Moçambique, cujas expectativas em relação ao evento incluem reunir percepções da experiência brasileira do processo de construção duma educação ambiental emancipatória, visando a promoção da cidadania e a construção conjunta duma sociedade sustentada, coerente com os desafios socioambientais e a diversidade de cada um de seus países.

quarta-feira, maio 07, 2008

Coleciona

Textos para se pensar a Educação Ambiental ou

Contribuições à Educação Ambiental

O Coleciona: textos para se pensar a Educação Ambiental ou Coleciona: contribuições à Educação Ambiental é uma proposta de elaboração de um material a princípio eletrônico e bimestral, especializado em informações sobre Educação Ambiental e Educomunicação, que poderá ser consultado gratuitamente no site do DEA/MMA – Departamento de Educação Ambiental – e disponível para download em formato pdf. A cada dois meses, as pessoas cadastradas receberão eletronicamente em seus e-mails os textos atualizados.

As instituições, organizações e pessoas interessadas receberão um fichário onde esses textos deverão ser arquivados. Este será um completo e prático fichário com textos para se pensar a Educação Ambiental, permanentemente atualizado e organizado em seções, possibilitando, assim, a formação de um Banco de Informações sobre tal temática, para consulta pública.

Para tanto, trazemos aqui o conteúdo desse material, bem como as opções de título e suas seções, para que sejam feitas contribuições.

A proposta inicial do Coleciona conta com a sugestão de dez (10) seções: Sumário / Editorial / Textos para se pensar a EA (ou Ponto de Vista) / Agenda do educador ambiental / Recomenda-se / Cooperação internacional em EA / Estruturas educadoras / Educomunicação / Documentos / Financiadores.

  1. Sumário: juntamente ao sumário deverá ser apresentado o expediente - quadro contendo dados gerais da publicação como o departamento responsável, coordenação, redação, produção e endereço para contato.

  1. Editorial: espaço destinado exclusivamente ao DEA. Sugestão de que nas primeiras edições os editoriais devam esclarecer aos leitores a iniciativa e objetivo do Coleciona, além de falar sobre as ações do DEA e equipe, dentre outros pontos que possam apresentar o Departamento de Educação Ambiental.

  1. Textos para se pensar a EA: esta seção traria contribuições no formato de artigos, entrevistas, conversas, relatos de profissionais como professores, pesquisadores, educadores ambientais dentre outros, para se pensar a educação ambiental.

  1. Agenda do educador ambiental: contaria com a divulgação de eventos de EA - congressos, seminários, encontros, palestras, cursos, debates -, além de convocatórias para apresentação de projetos e agente financiadores. Os textos deverão ser breves contendo apenas o histórico do evento, se possível, informações sobre quem o promove, objetivos, quem participa e como participa, custos, local, data e contato. Já os textos sobre convocatórias deverão conter em seus resumos: órgão responsável, agente financiador, contato, passos para a apresentação da proposta, quem pode apresentar e prazos, bem como outras informações relevantes.

  1. Recomenda-se: indicações de materiais didáticos e lançamentos (livros, CDs, DVDs...) que contribuam para a EA. Cada um dos materiais indicados será seguido de uma espécie de ficha técnica contendo resumo de apresentação, autor, editora ou iniciativa, disponibilidade (onde pode ser encontrado), idioma, tema, forma de utilização.

  1. Cooperação internacional em EA

  1. Estruturas educadoras (MES, Salas Verdes, Coletivos Educadores, Com-Vidas, CEAs...): apresentação das estruturas educadoras e o desenvolvimento de ações e atividades em cada uma delas. Cada exemplar poderá trazer uma apresentação em especial contendo a iniciativa, objetivos, parcerias, estrutura, ações, metodologias, contato, forma de apoio...

  1. Educomunicação: bem como a seção 3, apresentará contribuições importantes para se pensar e praticar a Educomunicação.

  1. Documentos: nesta seção conterá documentos relacionados com a EA, como leis, pareceres, decisões judiciais etc.

  2. Financiadores: última seção do fichário onde constam os nomes das instituições, empresas, órgãos que contribuem com o Coleciona.


Mande suas sugestões para o e-mail: educambiental@mma.gov.br

Não se esqueça de colocar no campo assunto: Coleciona

Prazo máximo para o envio de sugestões: 14/05


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sexta-feira, março 28, 2008

II Oficina Nacional de Coletivos Educadores do FNMA

será transmitida ao vivo pela internet

O Departamento de Educação Ambiental realizará entre os dias 30/03 a 02/04, em Nova Iguaçu, RJ, a II Oficina Nacional de Coletivos Educadores selecionados pelo edital do FNMA 05/2005 (21 projetos para constituição de Coletivos em todo o país). Coletivos Educadores são grupos formados por instituições que trabalham com educação ambiental, educação popular, meio ambiente e áreas afins que se unem para elaborar uma proposta integrada de educação ambiental no território. Os Coletivos visam a articulação de políticas públicas, reflexão crítica acerca da problemática socioambiental e formação de educadores ambientais para intervirem no seu território, na sua região, no seu município.. A oficina tem como objetivo a troca de experiências entre os Coletivos, avaliação da primeira fase do projeto (articulação institucional do Coletivo e elaboração do Projeto Político Pedagógico) e aprofundamento conceitual e prático dos 4 processos formativos que serão trabalhados na 2ª fase: formação de educadores ambientais, educação através de estruturas educadoras, educação através de foros e colegiados e educomunicação.

A oficina será transmitida ao vivo pela internet no canal EA.NET - Canal de Educação Ambiental na Internet (www.canal-ea.net). O EA.NET é uma realização da Rede Brasileira de Educação Ambiental (Rebea) que conta com a parceria do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental .

O Canal fará a Transmissão ao vivo da seguinte programação:

30/03

9:00h às 10:00h - Apresentação da programação da oficina e panorama dos Coletivos

10:00h às 12:00h- 1º Roda de partilha dos Coletivos Educadores: articulação e mapeamento socioambiental

13:00h às 14:00h- Apresentação do FNMA sobre convênios dos Coletivos

14:00h às 16:00h- Roda de Partilha dos Coletivos Educadores: cardápio e arquitetura de capilaridade

31/03

8:30h às 10:00h - Apresentação dos Grupos de Trabalho e debate

10:00h às 12:00h- 3º Roda de Partilha dos Coletivos Educadores: comunidade de aprendizagem e intervenção

13:00h às 18:00h - Discussão sobre a Política Publica de Coletivos Educadores

Avaliação e encaminhamentos

01/04

8:30h às 10:30hEducomunicação: Exposição dialogada

Compreendendo a Educomunicação- Ismar Soares (NCE/ECA-USP)
Educomunicação Socioambiental - Francisco de Assis Morais (DEA/MMA)

10:30h às 12:30h - Roda de Partilha: Práticas e experiências educomuncativas

Após cada roda de partilha, haverá um debate onde o publico poderá enviar suas perguntas para os integrantes da roda. Assista e participe!