quarta-feira, agosto 13, 2008

Missão de formação do Projeto de EA na CPLP em São Tomé e Príncipe


Entre os dias 4 e 6 de Agosto, aconteceu no Instituto Superior Politécnico, na cidade de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, a missão-piloto de formação dos técnicos das Salas Verdes do país, a quem se juntaram vários educadores que atuam no ensino formal e informalmente em ONG’s e associações da sociedade civil, ou que se relacionam com a temática ambiental no país, em distintas Direções do Ministério do Ambiente e dos Recursos Naturais.

Participaram ativamente 22 formandos, representando 11 instituições nacionais (incluindo o Príncipe), no programa da missão, que tinha como objetivos contribuir para a formação de recursos humanos habilitados para planejar e implementar processos participativos locais de EA, estimular a elaboração dos projetos políticos pedagógicos das salas verdes no país e envolver os participantes no planejamento da proposta de campanhas educacionais voltadas à temática das mudanças climáticas globais.

Através de diagramas, mapeamentos participativos, oficinas, painéis de visualização, tempestades de idéias e oficina de futuro, desconstruiram-se pré-conceitos e novos conceitos foram gerados coletivamente – o que é e o que não é educação ambiental, quais seus princípios e valores, sua transversalidade e protagonismo. Problematizaram-se os desafios que as comunidades que usarão as Salas Verdes enfrentam e apontaram-se caminhos para o empoderamento das mesmas na transformação de suas realidades.

Os Ministros da Educação e do Ambiente prestigiaram o Projeto com sua presença, a Televisão São-Tomense (TVS) fez várias reportagens com a coordenação do Projeto e entrevistas aos formandos, valorizando o momento de fortalecimento das relações entre governo e sociedade civil, entre Brasil e São Tomé, e, acima de tudo, demonstrando o interesse em cooperar com os demais países CPLP na construção de um mundo mais justo, com cidadãos atuantes, felizes.

São Tomé e Príncipe é um país maravilhoso, jovem, dispõe de um território de 1001 km2, é habitado por menos de 160 mil habitantes, tem uma história muito recente de independência, lembra muito bem o impacto positivo da passagem de Paulo Freire pelo seu território, inclusive através de relatos de multiplicadores que com ele trabalharam diretamente, e é rico em manifestações culturais. Sua similaridade com o Brasil e a sua capacidade de assimilar o Projeto, liderando o conjunto dos oito em etapas cumpridas, elegeu-o como o primeiro para a primeira das formações.

Agora, continuemos trabalhando à distância, São Tomé e Príncipe, abrindo as portas da Biblioteca Nacional e da Direção do Ambiente do Príncipe aqueles que farão da educação ambiental meio e fim de seus projetos de um país maior e uma comunidade tão diversa mais grandiosa!