sábado, junho 13, 2015

O Sal da Terra - Salgado, desenhista da luz no mundo de sombras

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12/06/2015 - Copyleft

O Sal da Terra - Salgado, desenhista da luz no mundo de sombras

"Somos um animal muito feroz; somos terríveis," diz Sebastião Salgado no documentário dedicado a ele por Wim Wenders.


Léa Maria Aarão Reis
Reprodução/O Sal da Terra
Quando se refere à nossa espécie, a frase do mineiro Sebastião Salgado, um ícone vivo da fotografia do nosso tempo, permeia o espírito do festejado documentário sobre sua extraordinária obra, O Sal da Terra (The salt of the earth, de 2014), que há mais de três meses lota cinemas nas principais cidades do Brasil.

“Somos um animal muito feroz; somos terríveis,” diz Salgado em uma de suas intervenções, uma espécie de guia para o roteiro do filme que ampliam e aprofundam o drama contido nas imagens que produz. Dirigido pelo alemão Wim Wenders, outro ícone do cinema contemporâneo (autor de Buena Vista Social Club), e pelo jovem filho de Sebastião, também fotógrafo, Juliano Ribeiro Salgado, este documentário emociona e choca até os espíritos mais desencantados com a natureza humana que parece viver, hoje, com seu lado sombrio, os últimos resquícios de piedade e benevolência na sua experiência.

Photo significa luz, em grego”, lembra Wenders no filme, ”e o fotógrafo é alguém que desenha com a luz no nosso mundo de sombras. Quando conheci as fotos de Salgado, por acaso, em uma galeria alemã, percebi que o autor era alguém que se importava com os outros. Tive então o forte impulso de me aproximar dele.”

Foi assim que se iniciou a amizade entre o cineasta alemão casado com uma fotógrafa profissional e Sebastião Salgado. Ele hoje tem 71 anos, nasceu em Minas Grais, em Aimorés, foi criado na fazenda de gado do pai, na beira do Rio Doce, e quando moço se exilou em Paris por conta da ditadura. É economista por formação. Na mira da lente da sua Canon, o aventureiro-viajante e testemunha da nossa época  acompanhou os grandes êxodos originários de deslocamentos forçados de populações, registrou guerras pelo poder através do planeta e, nelas, assassinatos gratuitos de milhares de civis; a devastação da natureza, a destruição de florestas e a poluição oceanos, a crueldade dos genocídios que, - isto é o pior -, se perpetuam apesar das denúncias cada vez mais vazias e descartáveis e dos protestos oficiais risíveis.

Dividido em capítulos intitulados Outras AméricasSahelTrabalhadoresImigrantesÊxodos,Instituto Terra - o filme tem inicio com as célebres e impressionantes imagens de Salgado retratando o delírio da corrida do ouro em Serra Pelada, nos anos 80. “Parecia uma Babel”, ele descreve, falando devagar e baixinho como é do seu feitio. “Era como as minas do rei Salomão. Cinquenta mil pessoas murmurando, subindo e descendo as escadas precárias de madeira montadas no abismo, 50, 60 vezes ao dia. Escravos do desejo de enriquecer, com o ouro como que entranhado na alma. Parecia o início do mundo.”

Nesta série, Trabalhadores, imagens impressionantes mostram também os poços de petróleo do Kuwait incendiados por Sadam Hussein. “Ficávamos durante 24 horas seguidas sem ver a luz do sol tal o volume de fumaça negra que subia no ar.”

O fascínio do filme está não apenas no respeito e na delicadeza com que Wenders trata o precioso material que tem nas mãos. Caso por exemplo das sequências dirigidas anteriormente por Juliano, com surpreendentes imagens de uma das últimas comunidades de morsas existentes no planeta, em uma ilha deserta do Ártico. “No Ártico não há horizonte,” comenta Salgado.

A apresentação das suas próprias fotos, na longa entrevista-guia que concede a Wenders, oferece uma dimensão aprofundada do seu trabalho de 40 anos. Desde que deixou o Banco Mundial e a Organização Mundial do Café, em Paris e Londres quando estudou e analisou os mercados mundiais, comerciais e industriais que regem o mundo, antes de se profissionalizar como fotógrafo.

“Não se pode construir um futuro sem pensar na nossa origem,” diz Salgado, no doc. “As luzes da minha fotografia vieram da fazenda do meu pai e a forma barroca do meu trabalho veio de Minas Gerais. Eu moro em Paris, mas nunca saí de Minas.”

Sua longa viagem é acompanhada por Wim Wenders e começa com a identificação, quando jovem, com a Teologia da Libertação, no Brasil, e com o começo dos movimentos dos sem terra, no nordeste brasileiro. Depois, os Andes e as montanhas da América Latina, a “América Latina profunda onde a vida e a morte estão sempre próximas porque para as comunidades que conheci no continente, morrer é uma continuação da vida”.

O périplo prossegue nas imagens dos saragurus, no sul do Equador; dos mrixes e dos tarahumares no México e, anos mais tarde, na África, no Sahel. Fotografando os coptas da Etiópia (fotos impressionantes da política brutal no norte do país) e, seguindo rastros dos Médicos Sem Fronteiras, os genocídios africanos e o massacre de tutsis em Ruanda. “Certa vez, percorremos 150 quilômetros vendo corpos, cadáveres, na beira da estrada; isto dá a dimensão daquela catástrofe.”

“Depois de ver também os 120 mil mortos na minha última viagem a Ruanda, em 1990,” diz Salgado,“ eu saí da África pensando como a espécie humana é feroz. Saí de lá sem acreditar mais na salvação da humanidade. Achando  que não merecemos viver.”

Foi Lélia, sua mulher, arquiteta e companheira da vida toda quem ajudou o marido a se refazer. “Nós começamos a ir mais vezes para a fazenda para melhorar  seu astral porque foi um momento dele de muita tristeza com o mundo,” ela explica no filme.” E foi de Lélia a ideia de replantar a Mata Atlântica na fazenda que tinha sido do pai de Sebastião. As imagens da região, antes e de depois do projeto batizado como Instituto Terra, são emocionantes. Mais de dois milhões de árvores foram plantadas numa área antes devastada. Para Sebastião, o retorno às origens foi importante depois da sua última viagem a Ruanda.

A partir de então Salgado passou a fotografar a natureza e animais. A mostra organizada por Lélia com essas imagens, com o título de Gênesis, que levou multidões ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro, é uma visão mais otimista do fotógrafo. “É uma carta de  amor ao planeta que ele tinha visto devastado”, observa Wenders.

Alguém observou que em O Sal da Terra há uma “serena gravidade e contenção acompanhando cada imagem”. É o estilo de Wenders. Ele não esconde a imensa admiração pelo seu personagem, desvela a paixão dele pela vida, pelo ser humano, pelos  animais e a natureza.

Nós diríamos que o fotógrafo que já foi acusado de estetizar a miséria – na época ele respondeu: “Nossa linguagem é necessariamente estética. Criticar isso é como criticar um escritor por sua forma de escrever”  -, hoje convive melhor com os animais e com a natureza. Melhor do que com seres humanos, que afinal são o sal da terra tanto para alimentá-la como para destruí-la.

*O Sal da Terra foi indicado ao Oscar de documentário, este ano. Recebeu o Prêmio do Júri na seção Un Certain Regard do Festival de Cannes 2014 e ganhou o premio francês César de melhor documentário. Pode ser visto na íntegra e legendado na internet ou alugado nos serviços competentes da televisão.
 


Créditos da foto: Reprodução/O Sal da Terra

A China encara o desafio do transporte público

http://outras-palavras.net/outrasmidias/?p=161743


A China encara o desafio do transporte público

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Em resposta ao avanço do automóvel, país lança esforço gigantesco para ampliar redes de metrô. Serão 5,6 mil quilômetros — cinquenta vezes mais que no Brasil e de longe o maior sistema do mundo
Por Marcos de Sousa*, no Mobilize
Um total de 23 cidades chinesas já têm sistemas metroviários que juntos somam 2.735 km de linhas. Outros 2.853 km são planejados para a próxima década. Símbolos dessa expansão de trilhos urbanos, as metrópoles de Changai e Pequim ocupam agora o segundo e terceiro lugares no ranking de maiores redes de metrô do mundo.
O país abriu sua primeira linha de metrô na capital Pequim, em 1969. Passaram-se onze anos até que outra cidade, Tianjin, completasse sua linha inaugural, em 1980. Na década de 1980, mais duas cidades começaram a planejar metrôs, começando por Shangai, com 6,6 km em 1993, seguida por Guangzhou, em junho de 1997, com sua linha de 5 km.
A escala de investimentos necessários para a construção de um sistema de metrô moderno levou o governo a impor uma proibição, em 2002, ao início quaisquer novas construções. No entanto, essa interdição não poderia durar por muito tempo, em função das demandas provocadas pelo crescimento explosivo das cidades chinesas. O aumento da motorização, com os congestionamentos e a poluição daí decorrentes, obrigou o governo a repensar sua estratégia.
Mapa com a projeção do metrô de Shangai até 2020
A construção de metrôs recebeu um novo impulso quando Pequim venceu a concorrência para receber os Jogos Olímpicos, em 2008, e Shanghai, a Exposição Mundial de 2010. Assim, desde 2004, enormes somas foram investidas em projetos de metrô, por meio de parcerias público-privadas (PPP) e outros regimes de financiamento, permitindo esse salto a frente nas cidades chinesas. Shangai, com 570 km e 14 linhas; e Pequim com um 16 linhas e 465 km, estão agora à frente de Londres (408 km), Nova York (370 km), Seul (327 km), Moscou (325 km), Tóquio (304 km), Cidade do México (226 km), Madri (224 km), Paris (215 km) e São Paulo (78 km).
A velocidade e escala dos projetos chineses são incomparáveis com as de qualquer outro país ou cidade no mundo, em qualquer época. Enquanto a maioria das outras cidades construiu uma linha de cada vez – devido aos altos custos de construção e aos recursos de engenharia necessários, a China inaugurou 370 km de novas linhas em 2013 e outros 490 km em 2014. Os valores de investimento são também estratosféricos, com picos de até 800 bilhões de yuan, ou cerca de R$ 400 bilhões, em um único ano.
Embora caros, os sistemas metroviários são a única alternativa capaz de atender às megacidades chinesas. Hoje a China já tem seis cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Estimativas indicam que, até 2020, terá cerca de 220 cidades com mais de 1 milhão de habitantes e 44 delas podem chegar a mais de  4 milhões.  Com estes níveis de crescimento da população e a piora dos congestionamentos e da  poluição atmosférica, a China deverá manter os investimento em novos projeto metroviários em várias outras cidades do país.
*Traduzido e editado por Marcos de Sousa de artigo publicado pela UITP (International Association of Public Transport) 

segunda-feira, junho 08, 2015

While Californians Struggle With the Drought, Nestle Wants To Pump Even More Water From The Stricken State


stop nestlé
http://stopnestlewaters.org/

While Californians Struggle With the Drought, Nestle Wants To Pump Even More Water From The Stricken State

About the only thing you can’t say about Nestle is that they’re inconsistent.
They’ve always been a corporate predator, and the remarks made to the Guardian (by the CEO of Nestle Waters of North America) suggest they’ll always be a corporate predator:
The boss of Nestlé Waters has said the company wants to increase the amount of water it bottles in California despite a devastating drought across the state that has triggered demonstrations at the corporation’s bottling plant.
Tim Brown, chief executive of Nestlé Waters North America, said the company would “absolutely not” stop bottling in California and would actually like to “increase” the amount of ground source water it uses.
Asked in a local radio interview if Nestlé would consider following Starbucks’ lead and stop bottling water in California during the drought, Brown said: “Absolutely not. In fact, if I could increase it, I would.
Just to be clear; California is in the grip of a devastating, historical drought. Five of the last seven years have been drought years, and California’s residents are being told to cut their water use 30%.
For most, that means saying good-bye to landscaping, using buckets to catch the cold water coming out of the shower, idling farmlands (and those who work on them) — and waiting for the day that tap opens and nothing comes out.
Meanwhile, Nestle would pump more water if it could (and wasting approximately 30% of the water they pump).
It’s irresponsible in the extreme, but even more startling is the rhetoric coming from the company; not only are they seemingly overjoyed at the drought, they’d happily make it worse for California’s residents if only they could.

Nestle Taking Water From National Forest Land Using Permit That Expired 27 Years Ago

Nestle would like you to believe they’re a “good corporate citizen” — one that monitors the health of the aquifers it plunders and gives back to its communities.
Which makes you wonder exactly how it was they mined water from a National Park — under a permit that expired in 1988 — 27 years ago.
(No, that’s not a typo.)
Nestle Waters North America holds a longstanding right to use this water from the national forest near San Bernardino. But the U.S. Forest Service hasn’t been keeping an eye on whether the taking of water is harming Strawberry Creek and the wildlife that depends on it. In fact, Nestle’s permit to transport water across the national forest expired in 1988. It hasn’t been reviewed since, and the Forest Service hasn’t examined the ecological effects of drawing tens of millions of gallons each year from the springs.
Even with California deep in drought, the federal agency hasn’t assessed the impacts of the bottled water business on springs and streams in two watersheds that sustain sensitive habitats in the national forest. The lack of oversight is symptomatic of a Forest Service limited by tight budgets and focused on other issues, and of a regulatory system in California that allows the bottled water industry to operate with little independent tracking of the potential toll on the environment.
Nestle would like you to believe this is just a paperwork snafu, but in the same article, retired Forest Service Biologist Steve Loe had this to say:
“They’re taking way too much water. That water’s hugely important,” said Steve Loe, a biologist who retired from the Forest Service in 2007. “Without water, you don’t have wildlife, you don’t have vegetation.”
The Desert Sun’s article covers a lot of ground, including the usual Nestlespeak, which suggests everything is peachy with Nestle’s water-taking operations — despite the fact the state is in the grip of a record drought, and Nestle’s water use is increasing.
You simply have to wonder — in a state gripped by drought, why is the Forest Service selling water to a bottling company at all?
The habitat is very delicate, and there’s no way Nestle can argue that removing water from a drought-stricken habitat doesn’t affect fish and wildlife.
And what does the public get for allowing Nestle to plunder this precious resource?
$524. A year.

Does Nestle’s Infiltration Of Maine’s PUC Make An Unconflicted Decision About Its Water Operations Impossible?

Nestle is not a corporation that treads lightly on a place — especially Maine, where its tentacles infiltrate the politics so deeply, it seems it’s not possible for a decision to be made by political people untouched by the company. Witness this story from the Press Herald:
FRYEBURG – When the Maine Public Utilities Commission this week takes up a controversial 25-year contract between the company that owns the Poland Spring brand and the family-controlled utility that supplies its water, it will do so under troubling and unprecedented circumstances: All three PUC commissioners, as well as the state’s public advocate, have ties to the company.
If you can’t tell, this is my shocked look.
“Every commissioner on the PUC has been touched by Nestle,” said Fryeburg resident Scot Montgomery, who manages a restaurant kitchen in the nearby White Mountains and has been involved in local water issues. “Everyone who’s supposed to be looking out for the ratepayers, communities, and resource seems to have this other interest.”
Bingo.
While many at the state and PUC level go to great pains to say they believe the commissioners and public advocate aren’t biased, it’s largely impossible to believe that someone who once had a financial interest in Nestle’s success can now be expected to turn around and render an unconflicted decision.
And let’s be clear — in public proceedings, the mere appearance of a conflict of interest should be avoided. In this case, the conflicts are real (and financial in at least one case), yet at least one commissioner has yet to recuse himself despite having had a hand in preparing the very same situation he’s being asked to vote on.

The Fryeburg Deal: Controversial From The Start

The Press Herald’s Colin Woodward writes one of the most cogent explanations of Nestle’s involvement in Fryeburg’s water system, which isn’t without its shadier elements:
Fryeburg Water Co., which serves Fryeburg and East Conway, N.H., is unusual in that it is a privately held water utility. (About 15 percent of the nation’s water utilities are privately held.) It was founded in 1883, but by the 1990s the majority of the shares were held by members of the Hastings family, whose patriarch, Hugh Hastings, has served as company president since 1969 and as an officer since 1950.
Recognizing that Fryeburg had excellent water — the result of quartz-rich geology and clean, copious runoff from the Presidential Range in the White Mountains — Hastings hoped some could be profitably sold to bottlers. But in the interest of fairness, the PUC prohibits utilities from selling water to any entity at a higher price than it charges its ordinary customers, so Hastings and a business partner, Eric Carlson of the engineering firm Woodard & Curran, came up with a workaround.
In 1997, Hastings and Carlson created a company, Pure Mountain Springs, that bought water from the utility at its ordinary rate and sold it to Nestle Waters at a much higher — but undisclosed — rate. Pure Mountain Springs was headed by Hugh’s son, John, who shared ownership with Carlson. PUC filings show Hugh Hastings maintained power of attorney over his son for the first five years of the company’s operation.
Between 2003 and 2007, previous PUC proceedings revealed, this pass-through entity had revenues of $3 million and paid Fryeburg Water Co. $700,000 in rents and water fees. Hastings wrote in 2004 that the initial capital financing was “over $100,000.”
“Fryeburg’s water had the right geological recipe for Poland Spring,” said Mark Dubois, Nestle Waters’ Maine-based natural resource manager. “But it also had entrepreneurs who saw the spring and invested in their business and started selling that water to us. Here was a willing seller; we were a willing buyer.”
Cliff Hall, a longtime opponent of Nestle’s operations who served on Fryeburg’s Board of Selectmen from 2007 to 2010, takes a dimmer view of the situation. “They set up a nepotistic arrangement which bypassed the (utilities) laws that say if you take an excessive amount of money, you’re supposed to reinvest it in infrastructure,” he said. “It seems to me this was a dummy company set up … to take the money and put it back in the Hastings’ trust.”
Others share these concerns. “A public utility is supposed to do the best they can for the customers, the public and the municipality,” adds Bill Harriman, one of four Fryeburg-area residents who have formally intervened in the current PUC case. “And if you look at what these guys were doing back then, they weren’t looking out for the people of Fryeburg.”
Which brings us to the heart of the issue. Nestle — one of the world’s largest (and most distrusted) corporations — is a lot better at watching out for itself than the small towns it preys on.

Best Nestle Bottled Water Video Ever (So Far This Week)

Sure, StopNestleWaters.org has been dormant, but this is simply too good to pass up. Political satirist Steven Colbert takes aim at Nestle’s latest bottled water, which offers its drinkers “Electrolytenment.”
Whatever that is.
The Colbert Report 
Get More: Colbert Report Full Episodes,Video Archive
 
(To see the video in a bigger format, click here).

StopNestleWaters.org Site Is Dormant, But Will Remain Online A Little Longer

As you can tell, the StopNestleWaters.org site is dormant. I simply don’t have time to keep it running.
This site still ranks quite high in search engine results, so those looking to research Nestle’s operations online will read more than Nestle’s somewhat slanted perspective on their water mining operations — and their willingness to bludgeon small towns in rural areas into submission using legal means.
Nestle is not a good corporation — witness their unconscionable actions in the USA and around the world (the baby formula issue is particularly sickening) — so I’ll leave this site up a little longer as a “gift” to them. Enjoy.
TC

The Nestle Water Talk Digest

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More Greenwashing From IBWA? This Time It’s “Fake Reporting”

The International Bottled Water Association (IBWA) is no stranger to greenwashing (anyone who says bottled water is the most eco-friendly packaged beverage isn’t motivated by the planet’s well-being).
Now – in the face of “The Story of Stuff” viral video maven Annie Leonard turning her attention to bottled water – they’ve been forced to fire up the FUD machine (that’s Fear, Uncertainty & Doubt), in this instance, coloring the debate with what we (and Huffington Post blogger Jason Likins) charitably call “pretend journalism.”
The bottled water industry, fighting back against accusations that they are a significant contributor to environmental degradation, has released this magical video of glorious greenwashing, redolent of the famous video news releases in which Karen Ryan pretended to a journalist while promoting the Bush White House’s “No Child Left Behind” Act.
The New York Times’s Sindya N. Bhanoo reports that this video, sent out by the International Bottled Water Association, is a direct response to Annie Leonard’s The Story of Bottled Water (which you can read more about here). In the video, the IBWA touts the manufacturers of bottled water as “good stewards of the environment.” It features blissed-out coffeehouse acoustic guitar music, bucolic scenes of nature and a pretend reporter from pretend outfit “BWM Reports” pretending to pose pretend questions in pretend journalistic settings. The unnamed interlocutor serves up softballs, and happily nods along, like the Liz Glover Of Corporate Evil.
Ouch.

Proposed Cascade Locks Water Bottling Plant Drawing Widespread Opposition (Nestle can’t be happy)

The proposed Nestle water bottling plant in Cascade Locks (the Colombia Gorge) is heating up again, and Nestle – perhaps the least-loved water bottling company on the planet – can’t be happy to see this:
The video caption:
On March 29, 2010, a coalition of environmental and social justice organizations, Keep Nestle Out of the Gorge, led by the consumer advocacy group Food & Water Watch, (www.fwwatch.org) launched a coordinated campaign to prevent Nestle Waters North America from opening a water bottling facility in Cascade Locks Oregon.
The coalition gathered at the Oregon Department of Fish and Wildlife (ODFW) offices to speak out against the plant, and to then deliver petitions to the ODFW signed by 4,000 Oregonians who oppose the proposed facility. Keep Nestle Out of the Gorge opposes the deal because a bottled water facility would lead to the commodification of Oregons public water resources, and potentially jeopardize local wildlife, especially native salmon and steel head species.
- See more at: http://stopnestlewaters.org/#sthash.Qfb2EeGD.dpuf